Por que não devemos apertar espinhas?
- Dra. Luciana Gomes Corrêa
- 15 de mai.
- 2 min de leitura

Embora pareça um hábito inofensivo, apertar espinhas pode desencadear uma série de complicações que vão além da estética. Do ponto de vista da infectologia, essa prática pode ser uma porta de entrada para infecções, algumas potencialmente graves. A pele é nossa primeira barreira de defesa contra microrganismos e qualquer lesão nesse escudo pode comprometer sua função protetora.
Ao manipular uma espinha com as mãos ou objetos contaminados, é possível introduzir bactérias presentes na superfície da pele ou do ambiente para camadas mais profundas. Isso pode resultar em infecções cutâneas localizadas, como foliculites, furúnculos ou abscessos, que muitas vezes necessitam de drenagem médica e tratamento especializado. Além disso, quando essas infecções não são devidamente tratadas, existe o risco de disseminação para outras áreas do corpo.
Um outro ponto de alerta é a localização da espinha. Lesões na região conhecida como "triângulo da morte" — área do rosto entre o nariz e o queixo — merecem atenção redobrada. Essa região possui uma vascularização que se comunica com estruturas intracranianas. Uma infecção nessa área, se agravada, pode, embora raramente, migrar e causar complicações mais sérias, como trombose de seios venosos ou meningite.
Muitas pessoas, ao verem uma espinha inflamada, acreditam estar resolvendo o problema ao espremer. Na verdade, essa atitude pode romper estruturas internas, agravando a inflamação e contribuindo para a formação de cicatrizes e manchas. É importante lembrar que inflamações cutâneas são processos naturais do organismo e devem ser conduzidos com cuidado e orientação.
Se a acne ou outras lesões de pele estiverem incomodando, o mais indicado é procurar avaliação médica com um profissional que possa identificar a origem e orientar o tratamento adequado. Isso evita o agravamento de quadros infecciosos e promove uma recuperação segura e eficaz. Evite soluções caseiras e atitudes impulsivas com a pele — saúde e prevenção andam lado a lado.
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Por:
Luciana Gomes Corrêa
CRM 174513
Rqe Infectologia 87289
Rqe Homeopatia 90979
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